Como manter a saúde cerebral
A capacidade do cérebro em mudar, se adaptar e se recuperar é chamada de Neuroplasticidade. Antigamente acreditava-se que quando os neurônios fossem danificados não havia possibilidade de regeneração, porém esse pensamento não existe mais, e sabe-se que o cérebro pode ser estimulado através de atividade física e estilo de vida.
O índice de atrofia cerebral aumenta com a idade. Os neurocientistas acreditam que ela pode ser prevenida, diminuída ou revertida através de hábitos saudáveis e suplementos. Pesquisas indicam o ômega-3 para suspender o declínio da capacidade cerebral, pois os ácidos graxos contidos nele fazem parte de uma grande porção das membranas celulares e tem ação protetora às células dos efeitos lesivos do estresse (níveis elevados de cortisol).
Com o passar do tempo o nível de ômega-3 nas membranas celulares diminui, e isso faz com que os cientistas acreditem que essa diminuição seja a causa do declínio cognitivo em doenças crônicas como o Alzheimer. A falta do ômega-3 na infância pode causar déficit de atenção e/ou hiperatividade, e na fase adulta pode levar a depressão, agressividade e demência.
Uma nova utilidade do ômega-3 é na melhora da construção do cérebro. Uma pesquisa publicada na revista Lancet concluiu que os filhos de mulheres que consumiram ômega-3 durante a gravidez foram propensos a conseguir mais pontos em testes de QI.
David Perlmutter é um renomado neurologista americano que afirma que os vilões da nutrição do cérebro são o açúcar, o glúten e a proteína, que auxiliam na evolução de doenças crônicas. Existe uma relação muito direta entre o níveis de açúcar no sangue e o Alzheimer, ou seja, quanto mais açúcar maior o risco de encolhimento do centro da memória. Porém esses fatores são controláveis através de mudança alimentar e a prática de exercícios físicos.
DOENÇA CARDIOVASCULAR E A SAÚDE CEREBRAL
Pessoas com baixo fluxo sanguíneo têm mais riscos de atrofia cerebral e menor espessura total do córtex (a camada superficial ativa do cérebro), resultando em pior desempenho nos testes de função cognitiva. Todas as alterações de hábitos alimentares, uso de suplementos e atividades físicas que ajudem o coração, previnem também o envelhecimento do cérebro.
Os altos níveis de aminoácido homocisteína estão associados á doenças do coração por serem causadores da arteriosclerose, também já relacionada a redução do volume cerebral. Pessoas com níveis elevados de homocisteína possuem menor volume de massa cinzenta no cérebro, e como resultado apresentam pior resultado em testes de função cognitiva.
A deficiência de vitaminas do complexo B também foi relacionada ao encolhimento do cérebro. É importante suplementar o corpo com uma combinação de ácido fólico, vitamina B6, e vitamina B12. As áreas cerebrais mais sensíveis ao desenvolvimento precoce da doença de Alzheimer são bem protegidas pela vitamina B, e a atrofia pode até apresentar redução quando o paciente for bem suplementado. Pacientes bem suplementados também apresentam taxas mais lentas de declínio cognitivo.
A gordura trans não é ruim apenas para o coração, mas para o cérebro também. Elas afetam a memória por gerarem estresse oxidativo e inflamação no cérebro. Esse estresse pode dificultar a função dos vasos sanguíneos atrapalhando o fluxo de sangue e energia celular, o que por sua vez leva a disfunção e morte celular. A gordura deve permanecer da dieta somente de forma natural, promovendo benefícios através do azeite de olive extra virgem, óleo de coco, sementes, ovos caipiras, salmão e abacate por exemplo.
Assim como os músculos precisam de atividade aeróbica, o cérebro necessita da chamada “neuróbica”, que acontece por atividades de aprendizado, física e lazer para diminuir o risco de demência geral. Relaxamento, meditação e uma boa noite de sono também são formas de exercitar o cérebro sem causar estresse.
Existe um conjunto de 10 metabólitos de lipídios que estão presentes em níveis altos no sangue de pessoas que podem ter comprometimentos cognitivos. No futuro existirá um exame de sangue com esse descritivo acima, capaz de prever os sintomas de demência com antecedência e não apenas quando apresentarem sintomas já em fases avançadas.
De qualquer maneira, é importante usar as formas de prevenção a nosso favor a fazer o que está a nosso alcance. São elas: se alimentando de maneira saudável, tendo sono de qualidade, praticando atividades físicas regularmente e usando os suplementos já comprovados na prevenção da atrofia e envelhecimento cerebral.
FRUTAS PARA PREVENIR ATROFIA
ROMÃ: Estudos em animais revelam que a fruta retarda o desenvolvimento do Alzheimer. Estudos em humanos demonstram melhoria em cognição e memória.
UVAS VERMELHAS: Possuem resveratrol que é utilizado na prevenção de doenças relacionadas ao envelhecimento, distúrbios cardiovasculares e outras condições neurológicas. Em pesquisas com animais obesos, o resveratrol protegeu o tecido cerebral de dano oxidativo, um percursor para a morte das células cerebrais.
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