Suplementação na Gravidez
Durante a gestação, o feto no útero da mãe ele recebe abrigo, alimento, água e oxigênio. Por isso, durante a gravidez é muito importante que a mãe esteja se alimentando com os nutrientes específicos e seja cercada de cuidados médicos e familiares para que o feto tenha um desenvolvimento saudável e de qualidade.
A ciência comprovou que o uso de suplementos durante (e após) a gestação podem otimizar o funcionamento do organismo da criança e também prevenir doenças. Porém, é importante lembrar que o uso dessas substâncias devem ser feitas acompanhada de orientação médica.
Os alimentos que ingerimos hoje em dia, perderam de 20 a 60% dos nutrientes comparado a nossa alimentação do século passado. Isso indica que as gestantes podem ter carência de vitaminas muito importantes como magnésio, ácido fólico, vitamina E, D, e a gordura benéfica DHA. A gordura DHA é crucial para garantir uma ótima saúde cerebral, ocular, imunidade e desenvolvimento do sistema nervoso do feto. Além disso, a ausência desse nutriente pode resultar em depressão pós parto.
O desenvolvimento da massa estrutural do cérebro do bebê acontece durante o 2º e 3º trimestre gestacional. A ingestão do ômega-3 pela mãe durante esse período pode repercutir positivamente aumentando o QI das crianças até os 4 anos de idade. Além disso, o Ômega-3 foi comprovado por trazer benefícios como: crianças com melhor aprendizado, memória , desenvolvimento psicomotor, coordenação de mãos, olhos, bem como a prevenção de déficit de atenção.
Os probióticos são micro organismos vivos (lactobacillus) presentes em alimentos como iogurte e bebidas fermentadas. Para as gestantes, os probióticos auxiliam no controle do excesso de peso, diminuem os riscos de parto prematuro, diabetes gestacional e infecção urinária.
Um grande aliado dos probióticos, são os prebióticos (fibras), que diminuem a absorção de gorduras pelo intestino, melhoram os níveis de colesterol no sangue, atuam no controle da glicemia em pacientes com diabetes, auxiliam na redução do peso corporal e intensificam a absorção de minerais. Para o bebê, essa substância auxilia no amadurecimento do sistema imune e auxilia nos processos alérgicos.
O zinco cumpre o importante papel de regular o desenvolvimento cerebral durante a fase fetal e pós-natal. Outro benefício é a proteção contra infecções virais, bacterianas e fúngicas durante o desenvolvimento do bebê. Esse nutriente é eliminado pelo organismo através da urina, suor e saliva quando estamos em condições de estresse, e sua ausência pode levar a depressão.
A Vitamina D é produzida através da nossa exposição ao sol sem filtro solar durante tempo adequado. Durante a gestação, a deficiência desse hormônio está relacionada a pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, raquitismo, nascimento prematuro por cesárea, baixo peso ao nascer, gordura corporal na infância tardia, autismo e outras desordens psiquiátricas. Os cientistas temem que muitas gestantes acreditam estar recebendo a quantidade suficiente de vitamina D a partir do seu suplemento pré-natal, porém a realidade é que esses suplementos geralmente apresentam baixas doses da vitamina.
A Colina é um nutriente que desempenha o papel central no desenvolvimento cerebral da criança, em especial na área do hipocampo e encéfalo frontal (regulação da memória e atenção). Ele está presente em alimentos como fígado, carnes bovinas, peixes, amendoim e gema de ovos e oferece benefícios para danos hepáticos ou alterações neurológicas. Grandes quantidades de colina são transferidas para o feto através da placenta, a concentração do nutriente no líquido amniótico é 10 vezes maior que o presente no sangue da mãe.
O uso do magnésio durante a gravidez traz benefícios para o tratamento ou prevenção de condições patológicas como a pré-eclâmpsia, câimbras nas pernas, paralisia cerebral em decorrência de parto prematuro, diabete gestacional, hipertensão gestacional e o risco de futura doença coronária. Na hora do parto o magnésio otimiza a pressão sanguínea e aumenta a tolerância a dor.
A suplementação com metil folato ( substância ativa do ácido fólico) também se faz necessária , além da ingestão de alimentos como folhas verdes, feijão, lentilha, couve-flor, beterraba, carnes e arroz integral. Ele ajuda a formar o tubo neural da criança (que dá origem ao cérebro e a medula espinhal), ajuda na rápida proliferação celular, regulação da expressão genética, metabolismo de aminoácidos, e síntese de neurotransmissores. Além de ser importante para a saúde da mãe, prevenindo ou minimizando a depressão pós-parto.
Nosso corpo precisa de ferro para realizar uma série de funções, como a produção de hemoglobina e a manutenção de um sistema imunológico saudável. Quando a mulher engravida ela precisa do dobro de ferro, pois a quantidade de sangue aumenta em 50%, sendo necessária maior produção de hemoglobina para o bebê.
O ferro é encontrado em carnes, oleaginosas, frutas secas, feijão e lentilha. E sua ausência no organismo pode causar ganho de peso, complicações no parto, nascimento prematuro, déficit cognitivo e em casos mais graves, mortalidade materna.
A ingestão de iodo nos níveis recomendados ajuda a evitar a má formação cerebral, a preservar a capacidade de aprendizado da criança, além de desempenhar um papel notável no crescimento e desenvolvimento dos órgãos e principalmente do cérebro embrionário. Alimentos como frutos do mal, algas, laticínios, vagem e agrião são ricos em iodo.
As vitaminas E são divididas em Tocotrienóis (encontrados no óleo de palma, de coco, cevada e farelo de arroz) e em Tocoferóis (encontrados no girassol, amendoim, nozes, gergelim, e azeite de oliva). Durante a gravidez essa vitamina é um importante antioxidante e ajuda a defender as células. Sua ingestão inadequada pode causar impactos sobre o sistema nervoso, o desenvolvimento do cérebro e a resistência geral a infecções.
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